"Kandinsky: tudo começa num ponto" fica no
CCBB entre os dias 28/01 e 30/03 com entrada franca
Pioneiro no abstracionismo nas artes
visuais, o russo Wassily Kandisnky é
um dos maiores nomes do movimento artístico no início do século XX. Nascido em
Moscou em 1866, chegou a se formar em Direito e Economia, carreira que abriu
mão aos 30 anos para se dedicar a arte. Desenvolveu ao longo da sua vida
diversos trabalhos, incluindo aí o surgimento da arte abstrata, grande marco de
sua carreira, além de lecionar em Bauhaus, uma das maiores escolas
artísticas do mundo. Tudo isso é retratado pela primeira vez no Brasil em
exposição atualmente no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro (a
exposição já passou por Brasília e ainda irá visitar Belo Horizonte e São
Paulo).
Para ilustrar as transformações e
influências que as obras de Kandinsky sofreu ao longo dos anos, a exposição
conta com, além de pinturas, poemas e cartas do russo, objetos que retratam o
dia-a-dia da Rússia do começo do século XX, objetos de rituais xamânicos - que
exercem uma grande influência em sua obra, pinturas de outros artistas que
participaram do crescimento artístico de Kandinsky, além de filmes e músicas
que o auxiliaram a encontrar o caminho de sua obra. A maioria das obras é
proveniente do Museu Estatal Russo de
São Petersburgo.
A exposição é dividida em cinco partes, que
juntas mostram ao visitante como Kandinsky forjou a sua bagagem artística,
iniciando com a influência que à cultura popular e o folclore russo tiveram no
início de sua carreira, que chega ao ápice com o quadro abstrato retratando a
luta de São Jorge, padroeiro da Rússia,
contra o dragão. Na sequência, o visitante é transportado para o universo do xamanismo, descoberto por Kandinsky em
viagem ao norte da Rússia, que despertou no artista a procura pela alma dos
objetos que retratava.
A próxima parada que a exposição faz é na
época em que Kandinsky passou na Alemanha, onde foi fundador do grupo "Der
Blaue Reiter" (em português "O Cavaleiro Azul"), que
buscava expressar a arte a partir de sentimentos e sensações, retratando a
natureza e o homem. A partir daí, com o abstracionismo já se consolidando na
Europa, a exposição viaja para as experiências de Kandinsky com a música, com
filmes relacionando a arte abstrata à obra de seu amigo Arnold Schönberg, compositor que trocou muitas correspondências com
Kandinsky, que também estão retratadas na exposição. A última sala, que não é o
fim da exposição, mostra para o público que Kandinsky, como pioneiro na arte abstrata, abriu um leque de
possibilidades artísticas para aqueles que o seguiram.
Como dito anteriormente, a última sala não
é o fim da exposição. No belíssimo átrio da CCBB, o público pode sentir a
experiência de estar dentro de um quadro abstrato, com auxílio de óculos de
realidade virtual e de música. Se colocando dentro de um círculo de cortinas brancas,
com o óculos posicionado no rosto, a estudante de jornalismo Eliza Cristina, descreveu a sensação:
"É uma experiência interessante,
porque para qualquer lugar que eu olho com os óculos, parece que o quadro está
se expandindo, saindo do nosso campo de visão. As cores vão mudando, dando
outra perspectiva ao mesmo quadro. E a música nos ajuda a entrar no clima"
contou a jovem.
A exposição tem sido um sucesso, com
milhares de visitantes conhecendo um pouco mais sobre o cotidiano da Rússia no início do século XX através
da ótica de um dos maiores nomes das artes plásticas da história. De acordo com
o guia Marcos Leandro, com o fim da
exposição se aproximando, mais gente vai visitar:
"A exposição está em suas últimas
semanas, termina no dia 30 de março, quando será levada para o CCBB de São
Paulo. E o número de visitantes só aumenta" contou Marcos.
Serviço:
Kandinsky:
tudo começa num ponto
está no Centro Cultural Banco do Brasil
Rua Primeiro de Março, 66 - Centro
Funcionamento: de quarta a segunda, das 9h
às 21h.
(21) 3808-2020
Grupo:
Alexandre Dantas
Andresa Miranda
João Vitor Viana
Marcello Costa
Matheus Tito
Pedro Gilio
Raphael Oliveira
Taiana Lopes